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Lideranças de 11 etnias são ouvidas no Palácio Araguaia para Mapeamento dos Povos Originários

Lideranças de 11 etnias são ouvidas no Palácio Araguaia para Mapeamento dos Povos Originários

Mais de 60 lideranças indígenas dos povos Apinajè, Awá-Canoeiro, Javaé, Kanela, Karajá, Karajá-Xambioá, Krahô, Krahô Kanela, Krahô Takaywrá, Tuxá e Xerente estiveram presentes, nesta quinta-feira (17), no encerramento do primeiro Encontro dos Povos Originários do Tocantins, com a presença do vice-governador Laurez Moreira.

O evento, promovido pela Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot), no Palácio Araguaia, serviu para levantamento de informações que darão base para a construção do Mapeamento Situacional dos Povos Indígenas do Tocantins.

Mapeamento Situacional

Ao longo de dois dias, a Sepot esteve ouvindo, apresentando e discutindo propostas com nove vereadores indígenas, dois prefeitos, representantes municipais, servidores públicos indígenas, órgãos do Governo Federal como Fundação Nacional dos Indígenas (Funai), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) Tocantins e Araguaia, representantes de associações e movimentos sociais indígenas, representantes das mulheres indígenas, além de caciques e outras lideranças dos povos originários.

“Foi uma demonstração de união e apoio mútuo, e do quanto precisamos trabalhar em alinhamento para levar as políticas públicas aos nossos povos”, declarou a secretária dos Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria, referindo-se ao resultado dos trabalhos.

O encontro foi uma oportunidade para levantamento de informações sobre a realidade de cada povo, com suas demandas gerais e específicas. Um momento para identificar as principais necessidades em cada povo e elencar as prioridades a serem observadas pelos gestores, de forma conjunta e articulada.

Além deste momento, de ouvir os povos, a Sepot tem ido até as comunidades indígenas para verificar e vivenciar a realidade, observando, principalmente, as potencialidades locais de cada território e etnia a fim de desenvolver projetos que respondam às necessidades de melhoria das populações. “Diante do que já foi visto, estamos desenvolvendo uma agenda de visitas até o final do ano, para que nosso planejamento seja feito da melhor forma possível, observando a realidade e as necessidades dos nossos povos“, ressaltou a secretária Narubia Werreria.

Demandas dos povos

Durante a tarde, as lideranças apresentaram ao governador em exercício as principais demandas levantadas ao longo dos dois dias, 16 e 17. Foram citadas questões relativas a concurso público específico para indígenas, melhorias em infraestrutura, saneamento, estradas, habitação, segurança para as mulheres, educação ambiental e combate a incêndios, acesso à saúde, investimento em turismo, apoio ao empreendedorismo e ao artesanato.

Ações em andamento

Pontuando as ações da Sepot, a secretária Narubia Werreria destacou que o Governo do Tocantins, através da Sepot, tem articulado interinstitucionalmente para resolver os problemas. “Realizamos, recentemente, um Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços; está em discussão um projeto de piscicultura nas aldeias; iniciamos discussões sobre o acesso à saúde, segurança, moradia e educação; há recurso do Governo Federal, do programa Minha Casa Minha Vida”, lembrou a secretária.

Em relação à segurança das mulheres, a Secretaria está articulando junto à Polícia Federal e à Secretaria de Segurança Pública, a estruturação de uma rede de segurança integrada para atuação em casos de violência contra a mulheres, crianças e idosos indígenas.

A secretária Narubia Werreria Narubia destacou, ainda, o diálogo com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para desenvolver o empreendedorismo junto a indígenas que trabalham com artesanato. “Este diálogo é uma sequência de muitos outros que vêm sendo realizados para melhoria da qualidade de vida e ampliação de oportunidades para nossos povos”, disse. Em andamento, também, está a negociação de um espaço para construção da Casa de Cultura Indígena, com projeto arquitetônico desenvolvido pela UFT e UniCatólica.

Representatividade

“Nunca vi uma reunião tão bonita, as dificuldades são iguais, então precisamos caminhar todos juntos”, expressou o cacique Natanael Karajá.

“Foi um passo muito positivo a criação da Sepot, porque mostra a disposição em ouvir as comunidades e trazer uma resolução para os problemas apresentados. A política da inclusão fortalece muito o movimento indígena”, avaliou a presidente da Associação do Povo Awá, Kamutaja Silva Awa.

Participaram do encontro, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) Araguaia e Tocantins, vereadores indígenas, Conselho das Organizações Indígenas Javaé da Ilha do Bananal (Conjaba), Instituto Indígena do Tocantins (Indtins), Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (Arpit), Instituto dos Caciques e Povos Indígenas da Ilha do Bananal (Icapib), caciques e lideranças dos povos originários, o vice-governador Laurez Moreira e o deputado federal Ricardo Ayres e diversas associações indígenas.

(Rísia Lima/Governo do Tocantins)

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