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Julgamento de PM é adiado pela 6ª vez após ausência de advogado, que leva multa de R$ 26 mil
A sessão do Tribunal do Júri destinada a julgar o policial militar Edson Vieira Fernandes foi adiada pela 6ª vez. Ele é acusado de integrar um grupo de extermínio em Gurupi, sul do estado.
Desta vez, o cancelamento do júri ocorreu em razão da ausência do advogado de defesa, Paulo Roberto da Silva, que não compareceu nem justificou o motivo da falta, segundo a ata. O julgamento estava previsto para ocorrer na manhã desta sexta-feira (10), no Fórum da Comarca de Gurupi.
Em razão da ausência injustificada, o presidente do Tribunal do Júri, juiz Jossanner Nery Nogueira Luna, multou Paulo Roberto em 20 salários mínimos (R$ 26.400,00). Além disso, cada testemunha ou jurado que teve despesas com o deslocamento até o fórum pode ajuizar ação cível de reparação de danos em face do causídico.
O julgamento do policial militar Edson Vieira Fernandes ficou remarcado para 22 de março de 2024. A Defensoria Pública do Estado será acionada para comparecer à sessão e evitar um novo cancelamento por esse mesmo motivo.
‘Pronto para julgamento’
O juiz Jossanner Nery Nogueira Luna ressaltou que o processo está ‘pronto para julgamento’, lembrou dos 5 adiamentos e disse que o advogado Paulo Roberto tem buscado ‘tumultuar o processo’.
“[…] O Dr. Paulo Roberto da Silva não compareceu, de forma injustificada, no presente julgamento, abandonando assim o processo e causando prejuízo ao erário público e atrasando o julgamento do processo em que seu cliente se encontra preso, e apenas na antevéspera e véspera do julgamento vem buscando tumultuar o processo com requerimentos já preclusos com o fito de justificar sua ausência ao ato processual mais uma vez, após não conseguir êxito no Habeas Corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça e no Pedido de Desaforamento proposto no Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins”, citou o juiz.
Denúncia do MPTO
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO), Edson integrava um grupo de extermínio responsável por várias mortes em Gurupi. Ele está preso há mais de 3 anos.
Em julho de 2018, ele teria participado de dois homicídios em um bar localizado no Setor Alto dos Buritis juntamente com o também policial militar Gustavo Teles, o qual foi morto em uma troca de tiros durante uma abordagem policial.
A reportagem solicitou esclarecimentos ao advogado Paulo Roberto da Silva e aguarda retorno.
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