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Ex-namorado é condenado a 31 anos de prisão por estuprar, matar e ocultar corpo de Emili Nunes
Notícias do Tocantins – O réu Kalebe José Neres dos Santos foi condenado a 31 anos e dois meses de reclusão e 12 dias, pelos crimes de homicídio, estupro e ocultação de cadáver, contra a ex-namorada Emili Nunes Araújo, em outubro de 2022, em Palmas. Ela tinha apenas 20 anos na época.
Kalebe foi a Júri Popular nesta quinta-feira (18/4) após denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO). A sessão foi presidia pelo juiz Cledson José Dias Nunes.
Do total da pena, 22 anos foram pelo homicídio, oito anos pelo estupro e um ano e dois meses pela ocultação de cadáver. A pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. Durante o Júri, os jurados reconheceram as quatro qualificadoras: motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima, o feminicídio, e o meio cruel (asfixia) e condenaram o réu pelos três crimes.
Ainda na decisão, foi fixada indenização mínima, a título exclusivamente de danos morais, no valor de R$ 100 mil em favor dos familiares da vítima.
O crime
Conforme a denúncia do MPTO, Emili Nunes manteve um relacionamento amoroso com Kalebe por aproximadamente nove meses, mas devido ao seu comportamento agressivo e ciumento, decidiu terminar o namoro.
No dia do crime, em 24 de outubro de 2022, Kalebe atendeu a um pedido de Emili para que a levasse até a estação de ônibus. No entanto, ele desviou o caminho e dirigiu até uma área de matagal próxima a um condomínio na região sul da Capital. Lá, ele pressionou Emili a reatar o relacionamento, e diante da recusa dela, deu-se início a uma discussão.
Kalebe, então, empunhando uma faca, obrigou a vítima a manter relações sexuais e continuou a insistir na possibilidade de reatar o relacionamento. Diante da negativa, ele desferiu várias facadas contra sua ex-namorada.
Em seguida, o réu ocultou o corpo da ex-namorada em uma vala, e no período noturno, ligou para a polícia e afirmou ter avistado um corpo, informando a localização. Porém, por não terem encontrado e visando obter mais informações, as autoridades policiais entraram em contato telefônico com o denunciado, que confessou ter sido o autor do crime de homicídio e foi preso.
Segundo a denúncia do Ministério Público, mesmo após ser gravemente ferida, Emili implorou que Kalebe lhe prestasse socorro, mas ele negou ajuda. Para garantir que não sobrevivesse, ele a asfixiou, ocultando em seguida o corpo da vítima.
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