Uma doença desconhecida matou mais de 50 pessoas na República Democrática do Congo (RDC), segundo os médicos do país e as autoridades sanitárias mundiais. O intervalo entre o início dos sintomas e a morte foi de apenas 48 horas na maioria dos casos, o que tem gerado grande preocupação entre os especialistas.
O Início do surto
O primeiro surto foi registrado na cidade de Boloko, após três crianças comerem um morcego e morrerem em menos de 48 horas. Os sintomas apresentados foram de febre hemorrágica, uma condição grave que pode levar à morte rapidamente se não for tratada.
A propagação da doença
Depois que o segundo surto da doença misteriosa começou na cidade de Bomate em 9 de fevereiro, amostras de 13 casos foram enviadas ao Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica em Kinshasa para testes. Os exames deram negativo para doenças comuns como Ebola e outras febres hemorrágicas. Algumas amostras testaram positivo para malária, mas isso não explica todas as mortes.
A preocupação com o consumo de carne de animais selvagens
O consumo de carne de animais selvagens é uma prática comum na República Democrática do Congo devido à falta de outras fontes de proteína. Estima-se que na Bacia do Congo, as pessoas consomem cerca de cinco milhões de toneladas de carne de animais selvagens por ano. Essa prática cultural reflete a pouca disponibilidade de carne no mercado local e a necessidade de buscar alternativas alimentares.
O impacto dos surtos
O último surto na República Democrática do Congo começou em 21 de janeiro e resultou em 419 casos registrados, incluindo 53 mortes. A rapidez com que a doença se espalha e a letalidade em tão pouco tempo são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem trabalhado em conjunto com o Ministério da Saúde Pública do Congo para investigar a causa da doença e conter sua propagação.
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