Notícias do Tocantins – O Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), filiado à Rede Ebserh, realizou nesta quinta-feira (14) a entrega de uma órtese 3D à paciente Rosimeiry Santos, atendida na instituição. O dispositivo foi desenvolvido pelo projeto “Uso de impressora 3D na produção de órteses e próteses para reabilitação de pacientes com hanseníase e outras sequelas neurológicas” em parceria com os programas: PIT (Programa de Iniciação Tecnológica do HDT) e PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UFNT), unindo ensino, pesquisa e tecnologia em benefício dos pacientes.
A órtese foi produzida para manter a mão da paciente estendida e em posição estável, o que contribui para prevenir o agravamento de sequelas causadas pela doença, além de representar um avanço no cuidado a pessoas com condições semelhantes. A ação contou com a participação de estudantes bolsistas, professores da UFNT e profissionais do HDT.
Arthur Pedrosa Cavalcante, aluno do 6º período de Medicina e bolsista do PIT (HDT), contou sobre sua participação no projeto. “Foi ótima, pois ajudei a modelar as peças anatômicas, a coletar os pacientes e a desenvolver toda a parte do projeto da anatomia da peça para cada paciente. Foi muito importante para mim, porque eu consegui aprender além da medicina”.
Ele ainda destacou que foi marcante estruturar melhor certos conhecimentos acerca das doenças que estava trabalhando. “Para mim, foi um dos maiores aprendizados conseguir produzir algo além do tratamento”.
Já Letícia Nunes de Aragão, aluna do 7º período de Medicina e bolsista do PIBIC (UFNT), falou que o principal desafio é por se tratar de um produto específico para cada paciente. “Esse processo de personalização da órtese, de encaixar naquele braço específico, com aquele diâmetro e com aquela espessura é o maior desafio. E isso requer um longo processo de adaptação e de modelagem”, pontuou.
A terapeuta ocupacional do HDT, Anna Karolinny Brasil, destacou a importância do projeto para os pacientes do hospital. “Foi uma parceria que veio muito a somar, porque temos os pacientes com a necessidade desse material, mas não fabricamos aqui. O projeto permitiu que o paciente tivesse um acompanhamento completo dentro da instituição”.
A professora da UFNT e coordenadora do projeto, Ediana Vasconcelos da Silva, enfatizou a relevância do momento. “Mais do que a entrega de um dispositivo, é a concretização de um projeto pensado para atender às necessidades reais da paciente. Ver a alegria da dona Rosimeiry nos emociona e reafirma a importância de unir ciência, tecnologia e sensibilidade humana no cuidado em saúde, especialmente no âmbito do SUS”, ressaltou.
Segundo a professora, esta é apenas a primeira fase de um projeto maior voltado à produção de órteses e próteses em 3D para pacientes atendidos no hospital universitário.
A paciente Rosimeiry Santos falou emocionada sobre como a órtese vai impactar em seu dia a dia e o que sentiu ao receber a órtese. “Para mim, vai ser bom porque vai melhorar a fechação do meu dedo e as dores. A felicidade é muito grande”.
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