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Petrobras decide voltar ao negócio de distribuição de gás de cozinha após cinco anos

Petrobras decide voltar ao negócio de distribuição de gás de cozinha após cinco anos

Notícias do Tocantins – A Petrobras anunciou, na noite desta quinta-feira (7), que seu conselho de administração aprovou o retorno ao mercado de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha ou botijão. A decisão encerra um hiato iniciado em 2020, quando, no governo de Jair Bolsonaro, a estatal vendeu a Liquigás para os grupos privados Copagaz e Nacional Gás Butano.

No comunicado, a companhia não detalhou como será a retomada no setor, nem se haverá venda direta ao consumidor. A medida ocorre em um cenário em que o governo federal, controlador da Petrobras, manifesta preocupação com o preço do botijão. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a diferença entre o valor cobrado pela estatal – cerca de R$ 37 – e o preço final pago pelas famílias, que em alguns estados chega a R$ 140.

Liquigás e privatização

Antes da venda, a Liquigás operava em todos os estados, com 23 centros de operação e cerca de 4,8 mil revendedores autorizados, detendo 21,4% de participação no mercado nacional. À época, a Petrobras justificou a saída como parte de uma estratégia para reduzir dívidas e concentrar investimentos na produção de petróleo e gás em águas profundas.

Apoio de trabalhadores

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) apoiou a decisão, classificando-a como “vitória dos trabalhadores” e argumentando que reduções de preços nas refinarias nem sempre chegam ao consumidor final.

Gasolina e BR Distribuidora

O retorno ao gás de cozinha não inclui, por enquanto, a venda direta de combustíveis nos postos. Em 2019, a estatal também vendeu a BR Distribuidora – hoje Vibra Energia – e assinou cláusula que a impede de competir nesse segmento até 2029. Em janeiro, a Petrobras informou que não pretende renovar a licença da marca BR, abrindo espaço para novas estratégias comerciais.

Lucro e dividendos

O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a Petrobras divulgou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre de 2025, queda de 24,3% em relação ao trimestre anterior, mas reversão do prejuízo registrado no mesmo período de 2024. A companhia distribuirá R$ 8,66 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio; cerca de 29% desse valor irá para o governo federal e 8% para o BNDES.

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