Notícias do Tocantins – Um grave acidente assustou a comunidade escolar de Colinas do Tocantins, no norte do Estado, na tarde desta sexta-feira (22). O teto de uma sala de aula do Colégio Estadual Cívico-Militar João XXIII desabou durante o horário de aula. A turma de 8º ano tinha 24 alunos e uma professora no momento do incidente. Alguns estudantes sofreram ferimentos e precisaram ser levados para a unidade de saúde do município pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), todos os ocupantes da sala receberam atendimento imediato, e os feridos tiveram apenas lesões leves. Apesar disso, o susto e a gravidade do episódio geraram grande preocupação entre familiares e autoridades.
A escola, que atende 903 alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, foi interditada. Técnicos da Seduc e do Corpo de Bombeiros avaliam a estrutura do prédio para apurar as causas do desabamento e garantir que só haja retorno às aulas após a completa segurança da unidade.
Em nota, a Seduc informou que nenhum aluno será prejudicado no andamento do ano letivo. Espaços de outras escolas da cidade serão disponibilizados para a continuidade das aulas. A secretaria também garantiu suporte médico, psicológico e socioemocional aos alunos, professores e familiares.
Investimentos e questionamentos
O caso reacendeu debates sobre a estrutura das escolas estaduais. A Seduc destacou que, desde 2021, o Governo do Tocantins já realizou 270 obras educacionais em todas as regiões. Mais recentemente, lançou o projeto Obra Toda Semana, dentro do Programa de Fortalecimento da Educação (Profe), com inauguração de escolas e assinatura de novas ordens de serviço.
Apesar dos investimentos, o desabamento dentro de uma sala de aula levanta dúvidas sobre a fiscalização e as condições de segurança das unidades em funcionamento.
Providências do governador
Assim que soube do acidente, o governador Wanderlei Barbosa entrou em contato, por chamada de vídeo, com o secretário de Estado da Educação, Fábio Vaz, pedindo providências urgentes. Barbosa determinou que a escola só seja liberada após vistoria completa do Corpo de Bombeiros.
“Pedi ao secretário que, se tiver que interditar, faça a interdição. O mais importante agora é garantir a segurança dos nossos alunos e professores. Só se retorna às aulas quando houver segurança plena”, afirmou o governador.
O secretário Fábio Vaz esteve pessoalmente em Colinas, acompanhando a situação de perto. Ele conversou com familiares, prestou apoio às vítimas e destacou que uma equipe com psicóloga e assistente social foi deslocada para atender a comunidade escolar.
A unidade, segundo Vaz, já passava por obras na quadra e na rede elétrica. “Estamos aqui com a equipe de engenharia para vistoriar toda a estrutura. A prioridade absoluta é a segurança da comunidade escolar”, frisou.
Comunidade em alerta
O acidente mobilizou órgãos de segurança e saúde do Estado. Além do CBMTO, atuam no caso a Polícia Militar, a Defesa Civil e as Secretarias de Educação e Saúde. A Seduc lamentou o ocorrido e reforçou solidariedade às famílias.
Enquanto as investigações avançam, a queda do teto expôs um cenário de alerta para a comunidade escolar tocantinense: se não houver rigor na manutenção da rede física das escolas, episódios como este podem se repetir, colocando em risco a vida de alunos e professores.
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Colégio Estadual Cívico Militar João XXIII, em Colinas. / Foto: Google Street View
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