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TJTO mantém pena de 22 anos de prisão para homem que matou empresário em Palmas

TJTO mantém pena de 22 anos de prisão para homem que matou empresário em Palmas

Notícias do Tocantins   O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) rejeitou, por unanimidade, uma revisão criminal apresentada pela defesa de Gilberto de Carvalho Limoeiro Parente Júnior, 52 anos, condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato do empresário Elvisley Costa de Lima, em janeiro de 2020, na Avenida Palmas Brasil. A decisão foi tomada em sessão do Tribunal Pleno realizada por videoconferência nesta quinta-feira (5/9).

O crime

Segundo a acusação, Elvisley estava dentro de um veículo, acompanhado do também empresário Bruno Teixeira da Cunha, quando foi surpreendido pelos disparos de Gilberto Limoeiro, em frente a uma panificadora. A Justiça concluiu que o homicídio foi duplamente qualificado — por dificultar a defesa da vítima e mediante pagamento. Bruno Cunha, apontado como mandante do crime, também foi condenado a 22 anos de prisão.

A condenação e os recursos

Após o julgamento do júri, em 21 de fevereiro de 2022, o juiz Cledson José Dias Nunes fixou a pena de Gilberto em 22 anos de regime fechado. A decisão foi confirmada em apelação criminal.

Na revisão criminal protocolada em 21 de maio de 2025 — quase três anos após o trânsito em julgado — a defesa alegou ilegalidade na dosimetria da pena, defendendo que o réu deveria ter direito à atenuante da confissão espontânea, já que afirmou ter agido em legítima defesa devido a ameaças da vítima em disputa por terras.

Decisão do TJTO

O relator do caso, juiz Gil de Araújo Corrêa (em substituição), rejeitou o pedido, afirmando que a revisão não trouxe fatos novos, mas apenas repetiu teses já analisadas na apelação.

“A revisão criminal exige demonstração de que a decisão condenatória afronta a lei penal, se baseie em provas falsas ou se surgirem provas novas. Não é o caso dos autos”, destacou o magistrado.

Ele também ressaltou que a confissão qualificada não garante, por si só, a redução da pena prevista no artigo 65 do Código Penal, sobretudo quando o Conselho de Sentença não utilizou esse argumento para formar seu convencimento, conforme entendimento já consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Pena mantida

Com a decisão, a pena de 22 anos em regime fechado permanece inalterada. Gilberto Limoeiro segue preso na Unidade Penal de Palmas.

O julgamento pode ser assistido no canal do TJTO no YouTube, a partir de 2:04:13.

Sistema de vigilância mostra Gilberto em fuga após atirar contra o empresário.

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