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Conheça a ‘arma fantasma’ que pode ter sido usada na morte do CEO Brian Thompson nos EUA

Conheça a 'arma fantasma' que pode ter sido usada na morte do CEO Brian Thompson nos EUA

As armas fantasmas têm se tornado um problema crescente nos Estados Unidos, atraindo preocupações de ativistas e autoridades devido à sua facilidade de fabricação e dificuldade de rastreamento. O caso recente do assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, trouxe novamente o debate sobre essas armas à tona.

A arma, supostamente encontrada com o suspeito Luigi Mangione, teria sido montada em casa e pode ter sido fabricada com o auxílio de uma impressora 3D, conforme informações iniciais dos investigadores. Este crime coloca em evidência um tipo de armamento que vem desafiando as legislações de controle de armas nos EUA.

O que é uma arma fantasma?

O termo arma fantasma refere-se a armas de fogo que são produzidas em casa por meio de kits ou com o uso de tecnologias como impressoras 3D. Essas armas não possuem número de série, o que as torna praticamente impossíveis de rastrear.

Segundo as autoridades, a arma ligada ao assassinato de Thompson era uma pistola semiautomática com um receptor possivelmente impresso em 3D, equipado com slide de metal e silenciador. Essa descrição é consistente com o tipo de arma utilizada em casos recentes que envolvem armas fantasmas.

Esses armamentos podem ser adquiridos como peças separadas ou até montados em menos de uma hora com tutoriais amplamente disponíveis na internet, o que os torna “ridiculamente fáceis” de fabricar, conforme declarou o governo do presidente Joe Biden.

Escala do problema nos Estados Unidos

A ascensão das armas fantasmas preocupa especialistas e ativistas antiarmas. Dados do Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) mostram que, em 2022, 20 mil armas fantasmas foram apreendidas em investigações criminais — um aumento expressivo em relação às 2 mil registradas em 2016.

Essas armas têm sido utilizadas em diversos crimes, de homicídios a tiroteios em massa, destacando a dificuldade das autoridades em rastrear sua origem. Sem números de série, traficantes podem vendê-las ilegalmente para menores de idade ou indivíduos sem permissão para portar armas.

O alto índice de mortes por armas de fogo nos EUA também reflete a gravidade do problema. Em 2022, mais de 48 mil pessoas perderam a vida por conta de armas, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Como essas armas são reguladas?

A regulamentação das armas fantasmas é um desafio constante. Sob a administração Biden, foram introduzidas regras que obrigam os fabricantes de kits a adicionar números de série em suas peças e realizar verificações de antecedentes dos compradores.

Embora essas medidas tenham sido contestadas por grupos pró-armas, a Suprema Corte dos EUA sinalizou, em outubro de 2023, sua disposição de permitir a regulamentação. Contudo, especialistas apontam que o controle dessas armas é mais complicado do que parece, devido à facilidade de acesso às tecnologias necessárias para fabricá-las.

Referência: G1

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