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Lula culpa alta do dólar e ex-presidente do Banco Central pela inflação dos alimentos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou três motivos que, em sua visão, têm contribuído para a inflação dos alimentos no Brasil nos últimos meses. Durante uma entrevista a rádios da Bahia, Lula afirmou que a alta do dólar, a política monetária do Banco Central e o aumento das exportações são os principais fatores responsáveis pela alta dos preços.
O impacto do dólar e da política monetária
Lula destacou que a recente valorização do dólar tem um papel fundamental na inflação. O presidente criticou a gestão de Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, alegando que a política adotada foi irresponsável e dificultou a estabilização da economia. Apesar da mudança na presidência do BC, com a nomeação de Gabriel Galípolo em janeiro de 2024, o ciclo de alta dos juros continuou, o que afetou o crescimento econômico.
O presidente também abordou a relação com o Banco Central, enfatizando que as mudanças nas políticas monetárias não podem ser drásticas. “Não podemos dar um cavalo de pau”, afirmou, indicando que qualquer modificação precisa ser gradual para não prejudicar ainda mais a economia.
Exportação e a necessidade de melhorar a produção
Lula também comentou sobre a alta das exportações, que gerou uma demanda crescente por produtos brasileiros, especialmente alimentos. O Brasil, conforme Lula, se tornou o “celeiro do mundo”, e a oferta de produtos brasileiros tem aumentado. No entanto, ele ressaltou a necessidade de melhorar a produção interna e a qualidade dos alimentos para conseguir reduzir os preços e atender à demanda. O presidente descartou ações como congelamento de preços ou fiscalização excessiva nas fazendas como soluções para o problema.
Previsão de safra recorde pode ajudar a reduzir os preços
O governo aposta que a previsão de uma safra recorde de grãos ajudará a reduzir os preços dos alimentos. Contudo, Lula reconhece que a inflação no setor alimentício não será resolvida imediatamente, e que será necessário adotar medidas complementares para garantir que os preços se estabilizem.
O impacto do dólar no cenário internacional
Lula também atribui o aumento do dólar a fatores externos, como a instabilidade política nos Estados Unidos, incluindo declarações de Donald Trump sobre o controle da Faixa de Gaza. Essa incerteza ajudou a impulsionar o dólar, que, após uma sequência de quedas, fechou recentemente a R$ 5,79.
Medidas de incentivo ao crédito e microeconomia
O presidente anunciou que, nos próximos dias, o governo tomará medidas para incentivar o crédito no país, com foco em micro e pequenos empresários. Segundo Lula, é a microeconomia que movimenta a economia de maneira prática, já que os trabalhadores e pequenos empreendedores são os responsáveis por impulsionar o consumo, como no caso da compra de alimentos.
Lula reforçou sua intenção de deixar um legado de crescimento, distribuição de renda e inclusão social, e afirmou que o governo continuará buscando formas de melhorar a economia e combater a desigualdade.
O cenário eleitoral e a reeleição
Em relação às eleições futuras, Lula minimizou o impacto das pesquisas de opinião e afirmou que ainda é cedo para discutir sua reeleição. Apesar disso, ele se mostrou confiante em uma possível disputa, afirmando que, se depender dele, “o negacionismo não voltará” e que seria capaz de derrotar qualquer candidato, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula, portanto, segue focado na implementação de políticas para estabilizar a economia brasileira, reduzir a inflação e garantir a inclusão social, mantendo sua postura firme diante das críticas e desafios econômicos.
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