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Casos de leishmaniose se espalham por 12 bairros de Araguaína; doença não tem vacina

Casos de leishmaniose se espalham por 12 bairros de Araguaína; doença não tem vacina

Notícias de Araguaína –  De janeiro a setembro de 2025, Araguaína registrou oito casos de leishmaniose visceral (LV) e cinco de leishmaniose tegumentar (LT) em humanos. O número é igual ao registrado no mesmo período do ano passado. Diante disso, a Prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), reforça o alerta para a prevenção e a importância do diagnóstico precoce, fundamentais para o sucesso do tratamento.

Sem vacina, prevenção é o melhor remédio

Como não há vacina contra as leishmanioses, a forma mais eficaz de evitar a transmissão é o controle do mosquito-palha (flebotomíneo) — o inseto transmissor das doenças — aliado à proteção individual.

“O controle depende de todos nós: moradores, agentes comunitários de saúde, agentes de endemias e veterinários”, explica a médica veterinária Ketren Carvalho, responsável pelo Programa Municipal de Vigilância e Controle das Leishmanioses.

“Manter os quintais limpos, sem folhas, frutas ou fezes de animais, ajuda a eliminar criadouros do mosquito-palha. O uso de coleiras repelentes nos cães e a notificação imediata de casos suspeitos ao CCZ são medidas simples que salvam vidas humanas e animais”, reforça.

Raio-X das leishmanioses em Araguaína

Os casos de leishmaniose visceral foram registrados nos bairros Araguaína Sul, Lago Azul, Senador, Setor Brasil, Setor Universitário, Maracanã e Tiúba.

Já os de leishmaniose tegumentar ocorreram no Bairro de Fátima, Setor Rodoviário, Tiúba, São Miguel e Vila Couto.

Até o momento, não há registro de mortes por nenhuma das formas da doença.

Em relação ao perfil dos pacientes, a faixa etária de 30 a 39 anos concentrou o maior número de casos de LV. Já na LT, o grupo acima dos 60 anos foi o mais afetado.

Ações intensificadas no município

A Prefeitura de Araguaína mantém uma série de ações permanentes de prevenção e controle das leishmanioses. O trabalho envolve Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Controle de Endemias (ACE), que atuam tanto na educação em saúde quanto na fiscalização da Lei Municipal nº 2.908/2014, que proíbe a criação de galinhas, galos e outros animais de curral na zona urbana, medida que evita a proliferação de insetos transmissores.

Entre as principais iniciativas estão:

  • Encoleiramento de cães em 35 bairros prioritários, com visitas domiciliares e substituição das coleiras a cada seis meses;

  • Atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), com diagnóstico e encaminhamento imediato para tratamento de casos suspeitos;

  • Ações educativas em escolas e comunidades, com palestras e apresentações de teatro de fantoches;

  • Testagem de cães para diagnóstico da leishmaniose canina. Em casos positivos, os animais são recolhidos, caso o tutor não opte pelo tratamento.

Entenda as doenças

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença parasitária grave transmitida pela picada do mosquito-palha. O cão é o principal reservatório doméstico do parasita. Quando o inseto pica um cão infectado, pode transmitir o protozoário para outras pessoas e animais.

Nos humanos, os principais sintomas são febre prolongada, fraqueza, perda de peso e aumento do fígado e do baço. Nos cães, a doença causa queda de pelos, feridas na pele, unhas crescidas e emagrecimento.

Já a leishmaniose tegumentar (LT) é uma infecção não contagiosa que provoca úlceras na pele e mucosas. É causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos como o mosquito-palha, tatuquira e birigui.

As lesões costumam ser indolores, com bordas elevadas e fundo granuloso, aparecendo com mais frequência no nariz, boca e garganta.

Bairros com encoleiramento de cães

As ações de colocação de coleiras impregnadas com inseticida estão sendo realizadas nos seguintes bairros:

Parque Bom Viver, Setor Barros, Jardim Boa Vista, Costa Esmeralda, Parque Primavera Norte, Setor Maracanã, Setor Universitário, Jardim das Mangueiras, Campus Universitário, Vila Goiás, Vila Santiago, Vila Santa Rita, Residencial Topázio, Jardim Mangabeira, Setor Sul, Jardim Paraíso I, Setor Presidente Lula, Imaculada Conceição, Araguaína Sul, Raizal, Setor Tocantins, Residencial Camargo, Vila Ribeiro, Residencial Flamboyant, Setor Vitória, Céu Azul, Residencial Cazarotto, Alto Bonito, Tiúba, Vila Nova, Parque Primavera, Setor Palmas, Itaipú, Vila Aliança e Vila Patrocínio.

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